Projeto SOS Educação


O “SOS Educação” é um serviço de explicador GRATUITO, emergencial para alunos do ensino fundamental. Nele os alunos que estiverem com uma dificuldade em uma matéria ou que precisa de uma explicação num determinado tema poderão ter um atendimento rápido e direto. O projeto tem o apoio da Casa da Moeda.


3ª e 5ª feiras, das 10 às 15 horas, na praça de Vila de Cava, em Nova Iguaçu - RJ

Quem será atendido: qualquer criança entre 7 e 14 anos (de 7 a 9 – com a presença dos responsáveis)

O que trazer: Deverá trazer o material escolar, caderno, lápis e o boletim da escola.

CONVITE



OFICINAS CULTURAIS - PARA AGOSTO DE 2009

● 2ª à 6ª feira - Em Vila de Cava

BALLET, DANÇA PROFETICA
CANTO, TEORIA MUSICAL
BORDADO, CROCHE
DESENHO, ARRANJO FLORAL
REFORÇO ESCOLAR
PINTURA EM TECIDO

● sábado – manhã
Centro de Cultura em Marambaia

PINTURA EM TELA
HISTÓRIA DA ARTE, DESENHO
CANTO, TEORIA MUSICAL
DANÇA, FOTOGRAFIA
CURSO PROF. EBD

● 2ª,4ª e 6ª - tarde
Centro de Cultura em Marambaia
ALFABETIZAÇÃO DE ADULTOS


Informações e inscrição:
De segunda a sexta – 14 às 18 hs
Telefone: 2886-4593 / 3759-0647 / 9855-8197. Rua Mauricio de Nassau, 49 (Rua em frente ao cartório de V.Cava) ou Estrada Federal, 5.083 (ao lado do Campo de Marambaia). Nova Iguaçu - RJ

OFICINAS CULTURAIS EM VILA DE CAVA


Turmas de julho/2009
Inscrição abertas

● BALLET INFANTIL
●DANÇA PROFETICA
●CANTO
●FOTOGRAFIA
●DESENHO
●ARTESANATO
●CROCHE
●PINTURA EM TECIDO
●ARRANJOS FLORAIS

INFORMAÇÕES: institutomeduca@ymail.com, 21-2886-4593

A primeira noite de um homem



Juliene Terra, A Observadora do Cotidiano




Matematicamente, a menor distância entre dois pontos é uma reta. E entre um homem comum e uma estrela esse conceito é uma exceção à regra. Nesse caso em particular, essa distância é o teatro que valida a máxima de que o povo está onde a arte está, necessariamente nessa ordem.
Na noite de 11 de abril de 2009, um senhor anônimo ganhou ares de ator principal, após a apresentação de um monólogo. No palco, a grande dama do teatro brasileiro Fernanda Montenegro. Na platéia, o quase centenário Nelson Francisco de Paula. Ela, como de costume, emocionou os espectadores com a sua atuação. Ele emocionou a todos por ter ido ao teatro pela primeira vez. Diante de um público arrebatado e de uma atriz declaradamente comovida, o aposentado roubou a cena, no SESC São João de Meriti, e foi aplaudido por quase um minuto.
Seu Nelson já viu muita coisa acontecer, ganhou a vida como sapateiro e agora acontece sem querer. Indagado pela grande dama sobre a sensação de ir ao teatro pela primeira vez, ele respondeu que foi uma alegria e que é bom para aprender muita coisa. Emocionada, Fernandona continuou sobre o tablado apreendendo aquele momento. Lúcido do seu significado, naquele instante, o aposentado foi sucinto nas palavras e, ao lado de sua família, manteve a postura digna de um espectador-estrela.
Seu Nelson tem a cara do Brasil, mas durante muito tempo não fez parte dele; ao menos do cenário cultural. Com a sinceridade de uma criança, o homem confessou para mim, num tom de voz suave e alegre, que nunca havia ido ao teatro por causa da distância e do preço do ingresso. Morador de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, ele disse que cultura custa caro. Generosos, porém, os deuses dessa arte e o tempo resolveram dar uma chance ao marinheiro de primeira viagem. O sapateiro aposentado assistiu ao espetáculo “Viver sem tempos mortos”, que faz uma visita à obra de Simone de Beauvoir, foi reverenciado inclusive pela atriz e não precisou pagar por isso, como todos os outros presentes. De quebra, e ainda que distante, contracenou com Fernanda, foi entrevistado por um jornalista de São Paulo e ficou no imaginário popular. Sem dúvida, hoje, todos experimentaram o prazer de ir ao teatro pela primeira vez.
Nesta noite, esse senhor-menino viveu intensamente e encantou o meu coração. Não resisti ao seu olhar doce, acariciei seus ralos cabelos brancos e lhe dei dois beijões estalados na bochecha. Diante de minha ousadia infantil, ele sorriu. Ao vê-lo sair de cena ao lado do filho, da nora e do neto, o ilustre desconhecido me fez pensar no que disse Cora Coralina: "Não sei se a vida é curta ou longa demais para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas”. Continue no palco da vida tocando, encantando e inspirando corações, seu Nelson! Até o próximo espetáculo!